Na antiguidade e
idade média, as explicações para todos os acontecimentos eram justificados de
forma mística, centrada nas concepções da igreja, nesse contexto a deficiência
era tida como uma dádiva divina ou uma possessão demoníaca, logo a pessoa com
deficiência possuía uma força do bem ou do mal.
As pessoas com
deficiência eram abandonadas, mortas, porém com a reforma cristã tais atitudes
passaram a ser condenadas, surgindo assim uma visão de caridade e misericórdia
para com estas pessoas, que passam desde então a ter direito a sobrevivência.
Por volta do século
XV Paracelso e Cardano, começam a buscar respostas para as deficiências do
ponto de vista médico, assim passa-se a acreditar que as pessoas com
deficiência são possíveis de ser tratadas e curadas. Em Londres no século XVII, Thomas Willis,
propõe que a “idiotia” é produto de estruturas ou eventos neurais que sofrem
lesões ou disfunções.
John Locke em 1960 foi o primeiro a pensar a
questão da educabilidade da pessoa com deficiência mental, pois ele considera
que este é fruto de um estágio de carência de ideias e operações intelectuais.
No Brasil as
primeiras discussões científicas e preocupações com as pessoas com Deficiência
Intelectual, surgiram no começo do século XX, na época o termo utilizado era
crianças mentalmente atrasadas.
(MAZZOTTA, 2001).
Assim na metade do
século XX, já existia cerca de quarenta estabelecimentos de ensino regular
público que oferecia algum tipo de atendimento escolar especial para pessoas
com deficiência intelectual, além de
quatro instituições especializadas sendo uma pública e as demais particulares
duas delas são as mais conhecidas atualmente, a Pestalozzi e a APAE -
Associação de Pais e Amigos do Excepcionais.
Pelo contexto
histórico é perceptível as evoluções referente a questão do reconhecimento da
pessoa com Deficiência Intelectual como ser social.
Os aspectos referente a educação dos alunos
com necessidade educacional especial,
passou por muitos mitos e verdades, o que contribui para concepção da
deficiência e a forma que este é visto socialmente, o que chamamos de
identidade social.
A posição que nós educadores estamos
agora no século XXI, nos remete a uma posição de reflexão, sobre tais aspectos
e a influência sobre nossas práticas, e qual posição devemos assumir, para que
possamos contribuir para o desenvolvimento dos nossos alunos e essa construção
de identidade, uma vez que a deficiência não esta na pessoa, mas nas condições
dada a ela para se desenvolver.
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