terça-feira, 22 de janeiro de 2013

A entrada no mercado de trabalho: é possível?


A atual realidade sobre a inserção do deficiente intelectual no mercado de trabalho é mais comum no que se refere a atividades mais simples e mecânicas, como repositores de estoque e embaladores de compras em mercados. Muitos não tem uma progressão no cargo, ou um plano de carreira (e muitas vezes estão ali apenas devido a Lei de Cotas) e grande parte, se bem orientados e com apoio, poderiam exercer cargos mais complexos.
É comum ouvir relatos de que o deficiente intelectual não é contratado por não ter requisitos básicos para trabalhar, como noção de autocuidados, higiene, alfabetização, operações matemáticas, etc. Isto ocorre devido a escolarização deste indivíduo, que vai tardiamente para a escola, ou nem a frequenta (seja escola comum ou escola especial).
Instituições como a APAE tem parcerias com empresas, que empregam o deficiente intelectual. A APAE de Araraquara, por exemplo, possui parceria com duas empresas que construíram instalações dentro da instituição para que os alunos de lá trabalhassem no mesmo ambiente e com apoio.
A ideia de um emprego apoiado e/ou treinamento no local de trabalho é bastante válida, tendo em vista que supre as dificuldades do deficiente intelectual, que muitas vezes está na generalização (o treinamento pode dar certo na sala de aula, mas a pessoa não consegue realizar as tarefas no ambiente real de trabalho).
                A presença de um profissional que possa orientar o deficiente intelectual a exercer uma nova tarefa no emprego não apenas no período de treinamento, mas após este período, para servir como apoio para eventuais dificuldades é extremamente importante para o bom desempenho do deficiente intelectual.



Referência:
ARAÚJO, E. A. C.; ESCOBAL, G.; RIBEIRO, D. M. Planejamento e organização de serviços para a formação de pessoas com deficiência mental para o trabalho. In: Inclusão social: formação do deficiente mental para o trabalho. São Carlos: Editora Rima, 2006, p.139-166.

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